A SUTILIDADE DO VENENO CHAMADO ORGULHO.

“ANTES DA QUEDA, EXALTA-SE O CORAÇÃO DO HOMEM, E DIANTE DA HONRA VAI A HUMILDADE.” (PROVÉRBIOS 18:12)

O orgulho é uma das emoções mais sutis e perigosas que podemos enfrentar. Ele frequentemente se insinua no coração de maneira tão gradual e silenciosa que não percebemos quando começamos a agir ou pensar de maneira orgulhosa. O versículo de Provérbio 18:12, nos alerta para o perigo de um coração exaltado —quando nos tornamos excessivamente orgulhosos, começamos a confiar em nossa própria capacidade e nos afastamos da humildade, que é a chave para viver uma vida sábia e agradável a Deus.

E nos tornamos pior do que o incrédulo, pois sabemos que, a necessidade de uma aproximação de Deus requer submissão e abnegação, porém se não tivermos o cuidado, nos tornamos semelhante a esse caso relatado em Lucas 18:10-14:

¹⁰ Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. ¹¹ O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. ¹² Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. ¹³ O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! ¹⁴ Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.

Lucas 18:10-14

Como a real necessidade de se parecer com Cristo, nos faz ser tão distante, e ao mesmo tempo, sermos semelhante a Ele?

Como sou manso e humilde de coração se carrego um orgulho de não cair em certos pecados que meus irmãos caem?

Como posso ser contado entre os filhos de Deus, se pratico e alimento o orgulho em meu coração?

O orgulho pode nos cegar para nossas falhas, nos tornando arrogantes e, muitas vezes, levando-nos a cair em nossas próprias falácias. Muitas vezes, ele nos faz acreditar que podemos fazer tudo sozinhos e que não precisamos da ajuda de Deus ou das pessoas ao nosso redor. Quando o orgulho se torna nosso guia, ficamos vulneráveis à queda, pois nossa confiança está baseada em nossa própria força, e não na sabedoria e dependência de Deus.

Por outro lado, a humildade — que é a virtude que se opõe ao orgulho — nos permite reconhecer nossas limitações e dependência de Deus, colocando-nos em uma posição de honra diante de Deus. Quando agimos com humildade, somos preparados para o que Ele tem para nós, seja em termos de sabedoria, oportunidades ou crescimento espiritual.

A humildade de Cristo o levou a falar com uma mulher samaritana, que causou o espanto de todos diante do ocorrido. O momento em que há o encontro com a mulher adultera, quando convoca um publicano como Levi para ser seu discípulo.

As vezes nós nos encontramos em situações, tão lastimável, quanto ao pecador mais vil e sujo, e a questão é:

TEMOS ORGULHO DA NOSSA HUMILDADE?

Estranho e um tanto antagônico falar dessa forma, mas é como alguns tem caminhado sendo um cristão orgulhoso, de não se envolver em algumas situações, de se comportar como o filho pródigo que ficou em casa, enquanto o outro se foi, o orgulho de não fazer nada errado, o afastou de alguém que estava tão perto, o pai.

PIOR QUE ESTAR PERDIDO, LONGE DE CASA, É ESTAR PERDIDO DENTRO DA PRÓPRIA CASA.

A Trilha do Filho que Permanece

O filho que ficou, embora não tenha partido, muitas vezes se vê distante do amor do pai devido à sua autossatisfação. Ele se orgulha de suas boas ações, mas esse mesmo orgulho o afasta da verdadeira essência da fé cristã, que é a humildade e o amor ao próximo. Essa postura pode criar uma barreira que impede a comunhão com aqueles que estão ao nosso redor.

A Volta ao Lar

Enquanto isso, é importante lembrar que o pai, parte da história, representa acolhimento e amor incondicional. A recuperação da relação entre o pai e o filho prodígio pode nos ensinar que, acima de qualquer erro cometido, a humildade e a disposição para se reaproximar é o que mantém os laços familiares e espirituais fortes. O caminho de volta é sempre possível, e o amor do pai está sempre presente, esperando por aqueles que têm coragem para deixar o orgulho de lado.

Finalizo, alertando a todos nós, que ao passo de que nos moldamos a medida do varão perfeito, precisamos compreender que a humildade também está nesse pacote, não podemos esquecer disso, e ninguém esta isento de se comportar assim, ou até mesmo ser acusado disso, esteja alerta e vigilante, em espirito de oração, não tenha receio de ser incisivo e firme em sua postura, mas não permita que o orgulho se torne a sua bebida diariamente, pois estaremos nos envenenando.